Os irmãos gêmeos idênticos, Guilherme e Renato Stuart, seguiram trajetórias semelhantes nas áreas de fusões e aquisições e private equity em empresas como BTG Pactual, J.P. Morgan e UBS. Em 2013, eles fundaram a RGS Partners, boutique especializada em assessoria de acordos para empresas de médio porte. Desde então, a empresa liderou 55 operações de M&A, totalizando R$ 9 bilhões. Recentemente, a RGS transferiu sua antiga sede para um escritório maior de 1,2 mil metros quadrados na avenida Faria Lima, em São Paulo, em preparação para o crescimento previsto nos próximos cinco anos. A empresa também lançou uma nova área de dívida de mercado de capitais, que já conta com mais de 20 operações no radar, com tickets entre R$ 30 milhões e R$ 200 milhões. Guilherme Stuart, fundador e CEO da RGS, enfatiza que a nova oferta é complementar ao que eles já fazem e cria uma porta de relacionamento contínuo e de longo prazo. A entrada no mercado de capitais é justificada pelo cenário atual mais restrito de crédito e pela busca por estruturar produtos e emissões de menor porte, que não estão sendo atendidos pelos grandes bancos.
A RGS é uma empresa de assessoria financeira que se dedica principalmente a atuar no sell side em operações de fusões e aquisições (M&As), com 90% de sua atuação nesse segmento. Seu foco é em empresas cujo valor de mercado varia de R$ 50 milhões a R$ 1 bilhão. Em 2022, a empresa assessorou 16 acordos, um aumento em relação aos 11 do ano anterior, incluindo as vendas de 50% da ZEG Biogás para a Vibra, por R$ 571,5 milhões, e da Remessa Online para o Ebanx, por R$ 1,3 bilhão. No entanto, o mercado como um todo apresentou uma queda de 28% no número de acordos e de 29% no valor total das operações em relação a 2021.
Pedro Scharam, sócio da RGS, atribuiu essa queda a preocupações com as eleições e a insegurança em relação ao novo governo. Ele observou que o mercado ainda estava se recuperando no primeiro trimestre de 2023, mas que começou a se recuperar em abril. Para atingir sua meta de R$ 4 bilhões em dois anos, a empresa decidiu implantar uma estrutura de C-Level e reforçou seu time de sócios, incluindo a contratação de André Levy como COO.
Além disso, a RGS decidiu especializar sua equipe por setores, incluindo a contratação de Lucas Pogetti para liderar sua nova divisão de consumo e agro. A empresa também investiu em uma área de prospecção, que começou a render resultados em termos de conversão de leads. Com uma carteira de 40 mandatos ativos, a RGS está competindo no middle market com outras empresas de assessoria financeira, como a Galapagos Capital e a IGC Partners, sua maior rival, que movimentou quase R$ 4,2 bilhões em 76 deals nos últimos 36 meses. A RGS está otimista em relação a segmentos como saúde, educação básica, consumo, varejo, energia e tecnologia.
Fonte: Neofeed