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Seedz levanta US$ 16,5 milhões para M&As e crédito a agricultores

Alexia Ventures lidera série A na agtech que criou um programa de fidelidade para produtores rurais

Uma (rara) startup que gera caixa. A Seedz, agtech que vem ajudando a digitalizar o mundo do campo com o chamariz de um programa de fidelidade para agricultores, acaba de receber um aporte de US$ 16,5 milhões — mais de R$ 85 milhões — para reforçar a agenda de M&As, dar tração à internacionalização do negócio e fornecer funding para a ainda incipiente vertical de serviços financeiros.

A rodada série A foi liderada pela Alexia Ventures, firma de Patrick Arippol que já investiu em startups como Gaivota (outra agtech), Carbonext e Neuralmed. VOX Capital, Endeavor Scale-Up e Parceiro Ventures também passaram a fazer parte do cap table da startup.

A Seedz conseguiu renovar a aposta dos investidores que já haviam apoiado a empresa na rodada de capital semente fechada há pouco mais de um ano. Volpe Capital (firma criada pelo ex-Softbank André Maciel), 10b e The Yield Lab — dois fundos especializados em agro — e Tridon Participações acompanharam a rodada.

Criada em 2017, a Seedz construiu um software de gestão de clientes (um CRM, a sigla do mercado) para ajudar na digitalização do agro, dando inteligência a dados que antes ficavam dispersos. A startup atende desde companhias de máquinas como a John Deere até fabricantes de defensivos e fertilizantes.

“Queríamos criar plataforma que conseguisse conectar os dados transacionais. Para isso, precisávamos de um CRM com visão de dados da jornada do agricultor, começando antes da porteira”, disse Matheus Ganem, CEO e cofundador da Seedz.

Com os dados, as fabricantes de insumos passam a ter mais dados sobre o processo de vendas nas revendas — conhecendo melhor o ritmo de sell-in e sell-out —, o que antes nem sempre era possível diante da falta de integração dos sistemas.

Para atrair os agricultores para o processo, a criação de um programa de fidelidade foi fundamental, gerando descontos para os produtores na compra de insumos das companhias parceiras. O modelo de remuneração de um negócio de fidelidade também ajudou a Seedz a se tornar uma geradora de caixa desde muito cedo.

No modelo de negócios da Seedz, que vem quadriplicando de tamanho todos os anos, as companhias pagam uma assinatura para usar o software de gestão de clientes, mas o carro-chefe em termos de receita é o programa de fidelidade. Para dar pontos (a moeda Seedz) aos produtores que compram nas revendas, as companhias compram esses créditos da própria startup.

“Os economics da Seedz sempre foram muito positivos, o que permitiu ao negócio crescer gerando caixa até pela dinâmica particular do negócio de fidelidade”, disse o sócio da Volpe Capital, Gabriel Marcassa, ao Pipeline. “A moeda da Seedz é o maior motor de receita”, reforçou Ganem. No mercado de fidelidade para o agro, a startup compete com a Orbia, uma investida de gigantes como Bayer, Itaú BBA, Yara e Bravium.

Com 80 mil agricultores ativos na base e mais de 1 mil empresas usando a plataforma, a Seedz entendeu que também poderia crescer ampliando a base de serviços digitais para os agricultores. No ano passado, os recursos levantados com 10b e Volpe ajudaram a financiar as aquisições da Pefarm, de gestão de fazendas, e da Atomic Agro, aplicativo de planejamento de safra.

Com o capital levantado agora com o série A, a Seedz deve dar sequência à estratégia de M&As, adquirindo mais companhias de serviços que ajudem na digitalização do campo.

Os recursos também devem ser aplicados no processo de internacionalização e na vertical de serviços financeiros. As operações de crédito para agricultores já estão em testes, mas ideia agora é usar parte do dinheiro captado para entra nas cotas sênior ou mezanino dos FIDCs que encarteiram as operações originadas no ecossistema da Seedz.

Fonte: Pipeline Valor

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