A consultoria StoneX revisou suas projeções para a colheita da segunda safra e as exportações de milho neste ano, revelando perspectivas mais otimistas. De acordo com os novos cálculos do grupo, a safra de “safrinha” 2022/23 deverá atingir 105,2 milhões de toneladas, um aumento de 2,2% em relação ao levantamento divulgado em junho e um aumento de 10,9% em comparação com a safra anterior.
A StoneX atribui essa mudança a condições climáticas favoráveis registradas ao longo do último mês, que resultaram em um cenário mais positivo para a produção no Paraná e nos estados do Centro-Oeste. Essas condições favoráveis elevaram a estimativa de produtividade média da safra de inverno para 5,9 toneladas por hectare, conforme mencionado em comunicado da StoneX.
Consequentemente, a consultoria também aumentou em 2 milhões de toneladas a projeção de exportações de milho, chegando a um total de 50 milhões de toneladas. No ciclo anterior, o Brasil exportou 46,63 milhões de toneladas de milho, de acordo com os dados da StoneX. É importante ressaltar que a demanda internacional por milho continua alta, especialmente desde que a China abriu seu mercado para a importação do cereal brasileiro no final do ano passado.
Os números da StoneX referentes à colheita de milho de verão foram mantidos em 28,6 milhões de toneladas. Considerando as três safras do cereal, a expectativa é que a produção total atinja um recorde de 136,04 milhões de toneladas, em comparação com os 123,51 milhões da última temporada.
O consumo interno está estimado em 81 milhões de toneladas e, com o aumento na produção compensado pelo aumento nas exportações, os estoques finais devem permanecer praticamente estáveis, em 16,32 milhões de toneladas, em comparação com a projeção anterior. O milho é amplamente utilizado no mercado interno como ração na indústria de carnes e também tem sido cada vez mais utilizado como matéria-prima na produção de etanol.
Fonte: Globo Rural