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Cafezinho garantido: Brasil colherá a terceira maior safra de café da história

Produção nacional é estimada em 54,36 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Minas Gerais responde a 52% do total

A combinação de condições climáticas favoráveis e um aumento na área plantada e na produtividade está prestes a levar o Brasil a colher sua terceira maior safra de café de todos os tempos. De acordo com as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita prevista é de 54,36 milhões de sacas, o que representa um crescimento de 6,8% em comparação com o ano de 2022.

Um feito histórico desta safra de 2023 é que ela é a maior já registrada em um ano de bienalidade negativa. A bienalidade negativa ocorre quando a produção de café oscila entre um ano de alta produção e outro de baixa produção, sendo o termo “negativa” referente ao ciclo de menor produção. As safras de 2018 e 2020 tiveram ótimos resultados na série histórica da Conab, mas ambas ocorreram durante anos de bienalidade positiva.

Comparando a estimativa deste ano com o volume colhido na safra de 2021, o último ano de bienalidade negativa, o aumento na produção de 2023 é impressionante, atingindo 13,9%.

Na região Centro-Sul, responsável por quase 88% da produção estimada do país para este ano, espera-se uma colheita de 47,8 milhões de sacas, representando um aumento de 7,7% em relação à safra de 2022.

Minas Gerais lidera a produção em 2023, com 28,29 milhões de sacas (52% do total do país), seguido por Espírito Santo (13,06 milhões), São Paulo (5,03 milhões), Bahia (3,42 milhões), Rondônia (3,04 milhões) e Paraná (687,2 mil).

Além disso, o levantamento da Conab revela que a área total destinada à cafeicultura no país em 2023 é de 2,24 milhões de hectares, com 1,88 milhão em produção (um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior) e 362,5 mil hectares em formação (uma redução de 9,3%). A maior parte da área de produção brasileira, 91,3%, está localizada no Centro-Sul, com 1,71 milhões de hectares, representando um crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior.

A produtividade média em todo o Brasil, de acordo com a Conab, é estimada em 29 sacas por hectare, um aumento de 4,8% em relação a 2022. As regiões Norte e Nordeste apresentam o melhor desempenho, com uma média de 40,7 sacas por hectare. Entre os estados, Rondônia lidera com 50,2 sacas por hectare.

Quanto às variedades de café, a arábica representa 70,2% da produção total do café brasileiro, com uma estimativa de colheita de 38,16 milhões de sacas, um crescimento de 16,6% em relação à safra anterior. Isso se deve ao aumento de 2,4% na área de produção e ao ganho estimado de 13,9% na produtividade, devido às condições climáticas favoráveis.

Por outro lado, as lavouras de conilon devem colher 16,2 milhões de sacas este ano, uma queda de 11% em comparação com 2022. Essa diminuição é principalmente atribuída às condições climáticas desfavoráveis no principal estado produtor de conilon, o Espírito Santo, onde a produção diminuiu 17,5% neste ciclo em relação ao ano anterior.

No mercado internacional, o café brasileiro enfrentou uma redução tanto na quantidade exportada quanto na receita em 2023. De janeiro a agosto, o país exportou 20,2 milhões de sacas de 60 kg, o que representa uma queda de 11,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi influenciado pela restrição dos estoques nos primeiros meses da temporada, após safras com produção limitada em 2021 e 2022. No entanto, há sinais de recuperação, com um aumento significativo nas exportações em agosto, que cresceram 41,2% em relação ao mesmo período de 2022.

Em relação aos negócios, o acumulado nos primeiros oito meses de 2023 totaliza US$ 4,42 bilhões, uma diminuição de 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, é importante lembrar que as exportações de café atingiram um recorde em 2022, movimentando US$ 9,2 bilhões de janeiro a dezembro.

Em 2023, o Brasil já exportou café para 143 países, sendo os principais destinos em termos de quantidade os Estados Unidos (17%), Alemanha (13,2%), Itália (7,9%), Bélgica (6,2%) e Japão (6,1%).

Fonte: Exame

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