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Grandes e médias empresas do agro são 1,4% do total, mas faturam 77,2% das vendas

Juntas, elas representaram R$ 5,7 trilhões dos R$ 7,4 trilhões comercializados pelo setor em 2022, revela estudo inédito do Empresômetro

Embora representem apenas 1,4% do total de empresas no setor, as grandes e médias empresas no agronegócio brasileiro, com receita anual superior a R$ 10 milhões, foram responsáveis por uma impressionante parcela de 77,2% do valor total das transações comerciais em 2022, totalizando R$ 7,39 trilhões.

Esses números emergem de uma pesquisa inovadora divulgada em 20 de setembro pelo Empresômetro, uma spin-off do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que analisou notas fiscais eletrônicas relacionadas às atividades econômicas agrícolas, buscando mapear o panorama do setor.

De acordo com esse estudo, o setor agropecuário nacional abriga 3.038.942 empresas, das quais 7.276 são consideradas grandes empresas, gerando receitas superiores a R$ 100 milhões (0,24% do total). Curiosamente, essas grandes empresas representaram 42,86% de todas as transações de compra e venda em 2022, totalizando R$ 3,17 trilhões.

Enquanto isso, as médias empresas, com receita anual entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões, somam 36.006 (1,18% do total no setor), contribuindo com 34,33% do valor total comercializado, ou seja, R$ 2,54 trilhões. Em conjunto, essas 43.282 grandes e médias empresas responderam por R$ 5,71 trilhões dos R$ 7,39 trilhões gerados pelo agronegócio em 2022.

No mesmo ano, o segmento da soja registrou vendas de R$ 1,12 trilhão, sendo que 70,49% dessas transações envolveram grandes e médias empresas. No caso das carnes, que totalizaram R$ 571,03 bilhões em vendas em 2022, essas empresas de maior porte foram responsáveis por 77% da receita.

As micro e pequenas empresas também desempenham um papel significativo no agronegócio. Das 2.995.660 empresas restantes no setor, a maioria são microempreendedores individuais (MEI), com receita inferior a R$ 100 mil, totalizando 1.243.627 empresas ou 40,92% do total. Este grupo inclui desde pequenos produtores e comerciantes em feiras até trabalhadores rurais e da agroindústria.

Além disso, existem 690.032 microempresas (22,71%) com receita entre R$ 100 mil e R$ 3,8 milhões, e 1.062.001 pequenas empresas (34,95%) com receita entre R$ 3,8 milhões e R$ 10 milhões. No entanto, apesar de representarem 98,6% do número total de empresas no setor, as MEI, micro e pequenas empresas contribuíram com apenas 22,8% do valor total das transações, totalizando R$ 1,68 trilhão.

É importante notar que na produção agropecuária “dentro da porteira”, ou seja, nas atividades primárias, as grandes e médias empresas são exceções. Por exemplo, no cultivo de soja, que possui 37.508 empresas registradas, apenas 117 são grandes (0,3%) e 337 são médias (0,9%). Quanto à criação de bovinos para corte, que engloba 166.868 empresas, somente 53 são grandes (0,03%), enquanto 930 são médias (0,56%).

O estudo do Empresômetro também revelou que a maioria das empresas do agronegócio brasileiro está localizada em São Paulo, representando 40,29% do total. Em seguida, vêm Minas Gerais (9,22%), Rio de Janeiro (6,46%), Paraná (5,81%) e Rio Grande do Sul (5,16%), totalizando 66,94% do total de empresas do setor.

Por fim, o estudo identificou que o segmento “fora da porteira” com o maior número de empresas é o comércio varejista de bebidas, com 292.433 empresas (9,62% do total no agronegócio), seguido pelo comércio varejista de produtos alimentícios (185.392 ou 6,10%). Esses números evidenciam a diversidade e a importância das empresas no agronegócio brasileiro em diferentes segmentos da cadeia produtiva, do campo à comercialização.

Fonte: Exame

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