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Produção agroindustrial recua 1,2% no 1º semestre, diz FGV Agro

Pesquisa mostra que o setor deve registrar queda de 0,6% neste ano

A atividade agroindustrial registrou uma queda de 1,2% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme indicado por uma pesquisa mensal sobre a agroindústria conduzida pela FGV Agro.

A FGV Agro avalia que a diminuição do Índice de Produção Agroindustrial, denominado PIM Agro, durante a primeira metade do ano, foi ocasionada por uma retração de 5,2% no segmento de produtos não alimentares, abrangendo insumos agropecuários, produtos têxteis e produtos florestais.

Em contraste, o setor de produtos alimentares e bebidas apresentou um desempenho 2,2% superior na mesma base comparativa.

No âmbito dos produtos não alimentares, a queda no índice foi impulsionada por declínios nos insumos agropecuários (17,2%), produtos têxteis (5,1%) e produtos florestais (4,1%), sendo em parte contrabalançados pelo aumento de 12% no segmento de biocombustíveis e 2,6% no segmento de tabaco.

A FGV observou na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 21, que “o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2023 foi inferior ao dos primeiros três meses do ano, os quais foram beneficiados principalmente pelo sólido desempenho da agropecuária nacional. A produção agroindustrial, especialmente no que se refere aos produtos não alimentares, segue o mesmo ritmo da economia brasileira. Consequentemente, o setor ainda não conseguiu embarcar em uma trajetória de crescimento.”

A FGV Agro realçou que, apesar da retração na atividade agroindustrial, o setor de alimentos e bebidas demonstra uma “maior resiliência” em comparação com a indústria de transformação e a indústria em geral, que tiveram quedas de 1,3% e 0,3% no período, respectivamente.

“A categoria de produtos alimentares, por outro lado, apresentou um primeiro semestre mais positivo, favorecido principalmente pela safra excepcional do Brasil e pela consequente desaceleração da inflação dos alimentos, o que teve um impacto positivo na produção desse setor. Assim como a indústria de transformação, a agroindústria enfrenta obstáculos que limitam um crescimento mais expressivo, como as altas taxas de juros e, naturalmente, os níveis elevados de endividamento e inadimplência das famílias”, observou a instituição.

Em junho, o PIM Agro apresentou uma queda de 1,2% em relação a maio e uma diminuição de 1,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com a FGV. A FGV Agro ponderou que “é importante ressaltar que a diminuição na produção da agroindústria neste mês foi ligeiramente menos acentuada do que aquela observada na indústria de transformação, que registrou uma queda de -1,5% na mesma base de comparação.”

Para o acumulado do ano, a FGV Agro estima uma queda de 0,6% no PIM Agro em relação a 2022. A instituição observou que “por trás desse cenário, existe uma economia que está começando a mostrar sinais de desaceleração após um primeiro trimestre robusto impulsionado pelo setor agropecuário, bem como uma valorização da moeda brasileira.”

Ao longo do ano, a produção industrial no segmento de produtos não alimentares deverá recuar 4,3%, enquanto o setor de produtos alimentares e bebidas deverá crescer 2,8%.

“Ao passo que a inflação se estabiliza, o mercado de trabalho aquece e os juros começam a cair (o que deverá resultar em redução do endividamento e da inadimplência das famílias), a produção de alimentos e bebidas provavelmente encontrará condições favoráveis no segundo semestre”, prevê a FGV Agro.

Fonte: Estadão Conteúdo

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