A previsão é que a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil alcance cerca de 3,54 milhões de toneladas na primeira metade de agosto, contribuindo para um crescimento anual de 34,4% em comparação com 2022, conforme indicado por um estudo realizado pela S&P Global Commodity Insights.
Devido às condições climáticas favoráveis na principal região produtora do país durante a primeira metade de agosto, é esperado um dos maiores volumes de esmagamento de cana-de-açúcar em um período de duas semanas. De acordo com a pesquisa da S&P Global, a estimativa média aponta para um esmagamento total de 49,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 27,9% em relação ao ano anterior.
Nas usinas, a decisão entre direcionar a cana para a produção de etanol ou açúcar é influenciada pelo cenário de preços. Um analista com base em São Paulo menciona: “Os participantes do mercado estarão atentos aos números do ATR [açúcar total recuperável] e aos resultados da produção de etanol na primeira metade de agosto.”
“O valor do ATR é um fator crucial que indica a possível produção de açúcar, e os números do etanol fornecerão insights sobre como a demanda tem respondido à recente alteração na relação de preços entre o etanol hidratado e a gasolina na bomba”, acrescenta o analista. Em termos práticos, se o preço do etanol não se mostrar lucrativo, é possível que haja um aumento da oferta de açúcar no mercado.
Conforme a consultoria hEDGEpoint Global Markets relata, a semana anterior testemunhou flutuações nos preços do açúcar, mas sem variações significativas. “Enquanto a moagem no Centro-Sul se mantiver positiva, haverá uma pressão baixista que limitará quaisquer tendências de alta acentuada no curto prazo”, observam os analistas.
Fonte: Exame