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Redução da Selic pode aliviar custos da safra 2023/2024

A redução da taxa de juros em 0,5% p.p. é vista como bom sinal para a programação do calendário-safra, inclusive do ponto de vista de governança dos negócios rurais

Apesar de já termos adquirido a maior parte dos insumos para a safra 2023/2024, durante o processo de plantio e colheita, será necessário reabastecer os estoques. Nesse sentido, a redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, 2, é vista como um sinal positivo para o planejamento do calendário da safra que está prestes a começar.

Segundo a especialista em mercado de commodities agrícolas, Roberta Paffaro, a redução da taxa básica de juros para 13,25% ao ano indica uma melhoria para os produtores rurais na obtenção de crédito de forma mais favorável. Embora no curto prazo as mudanças possam ser sutis, ela destaca a importância de gerenciar todas as etapas de produção de forma eficiente.

Paffaro ressalta que, no momento de planejamento da safra, muitos empresários rurais pegaram empréstimos a juros de 13,75%. Portanto, a recente queda no câmbio pode não ser positiva para a comercialização das commodities em dólar, mas ainda representa uma vantagem para aqueles que precisam adquirir insumos.

“Acredita-se que a taxa Selic possa chegar a 12% até o final do ano. Quando os agricultores usam essas informações de mercado a seu favor, conseguem renegociar dívidas e enfrentar a safra com custos mais baixos”, afirma a especialista.

No contexto da safra 2023/2024, a governança dos negócios rurais envolve a análise da relação entre juros, custo de produção e oportunidades de mercado, especialmente em meio à crescente relevância da abordagem ESG (ambiental, social e governança). Mulheres no campo, como Clarisse Volski, proprietária da fazenda Agropecuária Santa Rita, estão atentas aos movimentos geopolíticos e seu impacto na oferta, demanda e preços dos produtos agrícolas.

Volski destaca a importância de monitorar os recursos para o custeio das lavouras de verão, ao mesmo tempo em que acompanha os acontecimentos internacionais. “É fundamental estar atento ao mercado diante das demandas da China e das tensões entre Rússia e Ucrânia, além de buscar as melhores oportunidades de troca para fazer compras inteligentes”, diz ela.

Outro fator a ser considerado é o El Niño, que pode afetar as lavouras na região Sul. A produtora Clarice Volski, do Paraná, espera que o clima favoreça suas plantações, mas se prepara para um possível aumento de doenças nas plantas, o que pode implicar no uso de mais defensivos e, consequentemente, em custos de produção mais altos.

Roberta Paffaro concorda que é importante avaliar os custos para otimizar a relação de troca com os insumos. Por exemplo, ela menciona a relação com defensivos, fertilizantes e ração, já que houve redução no preço do milho. Com conflitos geopolíticos afetando os preços e incertezas quanto à demanda global, ela enfatiza a necessidade de otimizar os custos e evitar entrar na safra com endividamentos. Embora o Brasil continue exportando, a economia global ainda se recupera e há menor demanda por commodities.

Fonte: Exame

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