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Seca prejudica produtividade do milho e pode levar à segunda pior quebra de safra dos EUA

Produtores brasileiros visitam os estados de Illinois e Iowa e enxergam oportunidade de mercado a partir da frustração nas lavouras americanas

Aproximadamente 530 quilômetros separam as capitais Chicago, localizada em Illinois, e Des Moines, situada no Iowa. Embora estejam geograficamente próximos, esses estados experimentaram níveis de precipitação diferentes, o que resultou em variações nas taxas de crescimento das plantações de milho.

Os Estados Unidos são o principal produtor mundial dessa commodity, e a proximidade da temporada de colheita tem deixado os agricultores preocupados. Isso ocorre porque a seca que afetou as áreas após o plantio prejudicou o desenvolvimento das plantas, e mesmo com as chuvas recentes, o rendimento do milho ficou abaixo do esperado.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de milho para o período 2023/24 está prevista em 15,1 bilhões de bushels, uma queda de 209 milhões em relação à projeção feita em julho. Se essa previsão se concretizar, será a segunda maior quebra de safra desde 2016/17, quando uma estiagem semelhante afetou as plantações. Além disso, o USDA também prevê uma redução na oferta, menor consumo interno, exportações em menor quantidade e estoques finais mais restritos.

Durante a Farm Progress Show, a maior feira agrícola dos Estados Unidos, um grupo de produtores de Illinois compartilhou com a EXAME sua preocupação de que ainda faltam algumas semanas para a colheita, e eles estão certos de que ela não será tão produtiva como na safra anterior.

Em Urbandale, uma cidade satélite de Iowa, um grupo de 40 produtores brasileiros demonstra interesse em saber sobre a situação do milho no cinturão agrícola norte-americano, que é um forte competidor do Brasil, bem como da China e da Argentina.

Jeremy Leifker, um produtor da região, ao ser questionado em português sobre a condição das plantações de milho, mal compreende as palavras, mas consegue expressar sua preocupação com um sinal negativo com o polegar. Essa notícia é desanimadora para os americanos, mas otimista para os agricultores brasileiros.

Leifker explica que, mesmo quando as chuvas finalmente começaram a cair, as plantações do estado já haviam sido prejudicadas, então, embora a colheita seja possível, a qualidade esperada não será alcançada. Ele também é gerente de produtos na John Deere e recebe o grupo de brasileiros em sua sede.

Durante a visita às instalações da John Deere no Centro-Oeste dos Estados Unidos, os brasileiros discutem entre si que essa é uma oportunidade para o milho tropical, cuja produtividade está favorável. No entanto, eles também reconhecem a importância de agir com cautela, pois a demanda externa atualmente está em declínio.

Fonte: Exame

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